Chamados para a comunhão com Deus

Este tríplice chamado: para orar, para adorar e para comunhão, foram designados por Deus para primariamente produzir conexão com Ele.

FONTE: SHOFAR POST

ATUALIZADO: 29 de setembro de 2017

“Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor.”1 Co. 1.9

Você foi chamado para a comunhão de Jesus Cristo nosso Senhor. Há duas coisas importantes nesse texto que podem ser percebidas com mais clareza no texto Grego. No original, a frase é mais forte e mais clara, ela diz que fomos “chamados para dentro” da comunhão do Filho. Não apenas comunhão “com o filho”, mas comunhão “do filho”. A palavra comunhão também é significativa no original: “koinonia” é a palavra grega e vai muito além do relacionamento externo de comunhão. “Koinonia” fala de dois se tornando um. Esta mesma palavra é usada na Bíblia para se referir à comunhão da trindade: a comunhão (koinonia) do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Jesus orou para que esta realidade fosse manifestada em nós: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um” (Jo. 17: 21,22).

Através do sangue redentor e purificador de Jesus Cristo, somos transformados em novas criaturas e a nossa natureza mudou. Agora que a separação da natureza pecaminosa foi removida no calvário, Jesus Cristo pode estar em nós, como Paulo declara: “Cristo em vós, esperança da glória” (Cl. 1:27b). E nós podemos estar nele: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co. 5:17).

Para mim, este entendimento mudou tudo em minha jornada. Não fui chamado apenas para seguir Jesus à distância tentando imitar sua vida com o meu próprio esforço. Não fui chamado para seguir “a religião certa”. Fui chamado para ter Deus dentro de mim e para estar em Deus.

Deus, agora mesmo, está interagindo dentro de mim. À medida que me conecto com Ele: em oração, em adoração, em serviço e em contemplação do que Ele é, experimento Deus de verdade.

Amados, esta talvez seja a maior beleza do Evangelho. Não temos muitas outras garantias, iremos sofrer sim, iremos passar por lutas sim, iremos ter desafios ao longo da caminhada. Mas temos essa garantia: Deus está em nós e nós estamos em Deus, todo o tempo!

(…) O desejo que você sente para ter mais de Deus; o impulso que você tem algumas vezes para estar em uma sala de oração, com outros irmãos, buscando a Deus, ou para entrar em seu quarto, abrir sua Bíblia, dobrar os seus joelhos e derramar seu coração na presença de Deus, desejando experimentar mais dele. Tudo isso vem do próprio Deus, que está dentro de você, que habita em seu espírito transformado.

Assim como quando damos um salto, somos atraídos de volta para o chão por causa da força do centro de gravidade da terra, há dentro de nós um centro de gravidade espiritual, uma fora divina que nos atrai para o centro, onde Deus está! Somos inexoravelmente atraídos para aquilo que será nosso destino eterno: nossa união perfeita com Deus.

Quando respondemos a este impulso divino, que vem de dentro de nós, com oração, adoração, meditação nas Escrituras, jejum e proclamação da beleza do Evangelho a outros, estamos sim simplesmente nos movendo para o centro daquilo que somos em essência, e quando fazemos isto, somos transformados de glória em glória e ficamos mais parecidos com o Trino Deus que habita em nós. Penso que Paulo tinha isso em mente quando afirmou, pelo Espírito Santo: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Co. 3:18).

Este tríplice chamado: para orar, para adorar e para comunhão, foram designados por Deus para primariamente produzir conexão com Ele. O foco então não é o de cumprir uma obrigação, uma tarefa árdua e pesada. O foco é entendermos que somos chamados para um lugar de privilégio. Somos chamados para a própria “koinonia” da divindade. Oração, adoração, contemplação, são todos veículos para uma única realidade: União com Deus.

Quanto mais ficamos neste lugar, mais dele assimilamos e menos sobra de nós. Mais iguais a Ele vamos nos tornando. Somos transformados de glória em glória.

Pr. Elcio Lodos

IHOPKC – Casa Internacional de Oração em Kansas City

*Trecho extraído da obra Dia e Noite Sem Cessar, publicado pela Editora Orvalho.com.

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